Capítulo 68

HENRIQUE

Voltamos para o quarto dela ainda agarrados, parece uma cena de um filme.

O corpo da Alice é como uma rosa no deserto, rara. Não posso fazer nada que a magoe, caso contrário, tenho a certeza de que ela nunca mais me iria queres ver à frente.

Não consigo descrever o que está a acontecer, enquanto ela me beija sinto o meu corpo a pedir mais, mas tenho medo que ela não queira, que ainda não esteja pronta.

Os lençóis frios contra a nossa pele, assim que nos deitamos faz a Alice suspirar. Paramos o beijo e fitamo-nos durante uns segundos.

- O que está a acontecer!? - perguntou ela ofegante?

- Não sei. Queres parar?

- Não!

Os seus olhos estavam direcionados para a minha boca, como se me quisesse pedir um beijo em silêncio e eu cedi ao seu pedido.

Estou completamente apaixonado por ela, esta mulher enfeitiçou-me dos pés à cabeça e agora eu não consigo livrar-me dela, estou de mãos e pés atados e tudo aquilo que ela faça, diga ou queira, eu aceito de imediato.

Vou passando as minhas mãos pelo seu corpo à medida que os beijos se desenrolam, ela faz o mesmo comigo, como se me tomasse por completo.

Assim que ela passa para cima de mim e afasta o seu cabelo eu fico completamente doido.

Quero perguntar-lhe se está pronta, se quer avançar, mas não a quero pressionar. Ela beija o meu pescoço e desce até ao meu peito, ninguém diria que é a primeira vez que faz isto. Espero bem que seja a primeira vez e que o palhaço do meu primo nunca lhe tenha posto as mãos em cima.

- Está tudo bem? - perguntou ela.

- Está porquê!?

- É que tu ficaste esquisito de repente... fiz alguma coisa de mal?

- Claro que não! É só que...

- Só que o quê!? - perguntou ela sentando-se no meu colo. Ela não se devia ter sentado desta maneira, eu não me vou conseguir aguentar muito mais tempo se ela fizer coisas como esta.

- Não é nada de mais... esquece!

- Não, não esqueço! Eu quero saber e é já! - Adoro quando ela tenta ser mandona, mesmo sabendo que sou muito mais forte do que ela.

- Alice não é mesmo nada de mais... estávamos a ir tão bem... - lamentei.

- Henrique...

- Pronto okay... eu estava a pensar se tu...

- Sim...

- Se tu alguma vez estiveste assim com o Tiago. Pronto já disse!

Assim que me calei a Alice olhou para mim e começou a rir-se compulsivamente. O seu corpo tremia em cima do meu e sem pensar, agarrei-a e beijei-a fervorosamente. Não me consigo conter mais, o meu corpo pede por isto, e sei que o dela também.

A Alice puxa os meus cabelos, coisa que eu nunca pensei que fosse gostar, até estar deitado numa cama de casal agarrado a ela.

Agarro os seus seios lentamente e oiço um gemido vindo da sua boca, quero voltar a ouvir aquele som, quero fazê-la sentir algo que nunca sentiu em toda a sua vida, algo que só eu lhe posso dar. As nossas respirações estão ambas descontroladas, agarro-a pela cintura e deito-a na cama de forma a que me possa colocar por cima dela.

- Agora não tens como fugir! - exclamei eu.

- E quem é que te disse que eu queria fugir!?

As palavras delas deixaram-me ainda com mais certezas do que já tinha até então. Plantei beijos molhados em todo o seu pescoço e à medida que ela fazia o mesmo em mim, eu ia descendo pela sua clavícula.

Quero-a! Quero sentir tudo dela, cada pedaço, quero ouvi-la gritar o meu nome, quero fazê-la esquecer de toda a merda que está a acontecer na sua vida, quero que este seja o momento, quero que ela perceba que a amo, que amo tudo nela, eu quero-a agora!

ALICE

As mãos geladas do Henrique percorrem o meu corpo, desde o pescoço até ao fundo da minha barriga nua. Não sei o que está a acontecer, mas não quero que ele pare, quero sentir tudo isto, quero que seja ele a fazer-me sentir tudo isto.

Assim que os dedos dele deslizam para dentro de mim deixo sair um gemido novamente, levanto as minhas ancas contra a sua cintura conseguindo assim sentir a excitação dele e deixo a minha cabeça cair para trás.

- Estás tão molhada Alice. - sussurrou ele no meu ouvido. As suas palavras trouxeram-me arrepios, mas arrepios bons. Quero que ele volte a fazê-lo.

Os dedos do Henrique deslizam facilmente dentro de mim, sou completamente dele. Os beijos deixados na minha pele fazem-me sentir coisas que nunca pensei sentir antes, mas não quero que fiquemos só pelos beijos. Eu quero-o! Tenho a certeza de que o quero sentir dentro de mim.

- Henrique... Eu quero. - disse eu enquanto tentava acalmar a minha respiração.

- Queres o quê babe!?

- Quero-te a ti!

- Tens a certeza de que é isto mesmo que tu queres!? - perguntou ele parando de se mexer e olhando fixamente para mim.

- Sim! - começo a ficar envergonhada com a situação em que me coloquei.

- Tens mesmo, mesmo a certeza?

- Porquê!? Tu não queres pois não!? Não queres fazer nada comigo porque não me achas atraente como as tuas ex namoradas...

- Não é nada disso Alice! - exclamou ele. Não consigo olhar para ele, sinto-me completamente humilhada. - Olha para mim! - pediu-me. - Eu só te estou a perguntar isto porque é algo muito importante para ti. Eu lembro-me do que me disseste no dia dos teus anos depois daquela cena entre a tua irmã e o Enzo...

- Mas tu não me queres... - respondi eu virando novamente a cara para a janela.

- Caramba Alice é claro que eu quero... É tudo o que eu mais quero desde que te conheci! Se tu soubesses o quão louco me deixas só de te ver andar à minha frente, só de te ver vestida com uns calções mais curtos ou com um top mais decotado... - Ele trincava o lábio inferior enquanto falava. - Se tu ao menos pudesses entrar na minha cabeça e perceber o quanto eu te quero, o quanto eu quero fazer amor contigo! Mas eu quero que estejas preparada, mesmo preparada, porque assim que o fizermos está feito e não pudemos voltar atrás. Eu não quero que te arrependas de nada...

Fiquei completamente boquiaberta com o que acabei de ouvir da boca dele. Os meus olhos estavam agora completamente fixados nos seus e tudo isto só me deixou ainda com mais certezas.

- Por favor não fiques chateada comigo, eu só ...

- Cala-te e beija-me!

Agarro novamente a ereção do Henrique e mexo a minha mão para baixo e para cima, os olhos dele fecham-se e a sua cabeça cai para trás ouvindo-se um gemido de seguida.

- Porra Alice! - exclamou ele.

À medida que vou aumentando a velocidade, limpo a humidade depositada na ponta com o polegar e agarro os seus cabelos com a outra mão.

- Babe se voltas a fazer isso... eu venho-me! - disse ele engasgando-se.

Parei e voltei a olhar para ele.

- Eu tenho mesmo a certeza!

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